Quando
decidimos ter outro filho, mais do que em nós mesmos, pensamos no Davi.
Eu
acredito que um irmão seja sinônimo de amor, alguém com quem se pode construir
um grande elo e com quem aprendemos a compartilhar as primeiras experiências da
vida, boas e ruins, mas que, por fim, constroem o nosso caráter e fazem parte
de nossa história.
Eu
tenho as melhores recordações da minha infância ao lado do meu irmão e, embora
brigávamos, o que é completamente natural nessa relação, não me recordo da
intensidade ou dos motivos das brigas, apenas me recordo de uma infância feliz
com meu pequeno irmão sempre por perto.
Quero
proporcionar ao Davi a possibilidade de construir um grande elo com o irmão
dele e ao mesmo tempo retirar dele toda a pressão que a família deposita sobre
ele.
A
pouca diferença de idade é discutível, existem opiniões das mais variadas e
respeito todas elas, mas eu penso que essa diferença poderá
proporcionar mais união aos dois, pois poderão compartilhar de interesses
semelhantes e quem sabe se tornarem grandes parceiros pra vida.
Sabemos
que nem todos os irmãos constroem essa ponte, mas a nossa expectativa é essa,
de que sejam grandes amigos, pretendemos criar ambos com muito amor e transmitir
a eles nossos valores, o resto dependerá deles, pois o papel dos pais é esse, só
podemos orientá-los e amá-los.
Nesse
período de gestação me sinto um pouco ansiosa, apreensiva, mas ao mesmo tempo
algo me diz que será uma experiência especial para todos nós.
Fico
na expectativa de como o Davi reagirá na presença do irmão, quanto ciúme ele
terá, se saberei dar a atenção que ambos merecem ter, porém acredito que sejam
dúvidas comuns a todos os pais de segunda viagem.
Domingo
passado realizamos uma festinha para o Davi comemorar o aniversário com os
padrinhos e avós e, ao final da festa, reservei uma das lembrancinhas para ele,
entreguei nas mãos dele e lhe disse que aquele pacote a mamãe tinha guardado para o Davi, mas
para minha surpresa ele respondeu: "Para o Théo”, pegou o pacote e foi até o
quarto do Théo para deixá-lo lá, assim como também fez com um par de tênis que não mais lhe servia.
Atitudes que partiram exclusivamente dele e que deixaram o meu coração cheio de
esperanças, de que talvez ele encare a chegada do irmão de uma forma muito mais
natural do que eu esteja imaginando.
Eu
realmente não sei como será, mas meu coração se encheu de emoção diante daquela
situação e percebi que aquilo era só a pontinha do Iceberg, ou seja, imagino
que com a chegada do Théo vivenciaremos um turbilhão de emoções e com muita
calma e carinho conduziremos nossos pequenos num caminho de união e afeto entre
irmãos. E, ainda, que ocorram algumas encrencas entre eles, que o amor seja
mais forte do que tudo, ao final.
E,
como diria nosso querido John Lennon:
“Você pode dizer que eu
sou um sonhador, mas eu não sou o único”
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Vou adorar um recadinho dos amigos nesse momento mágico!