terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Irmão, sinônimo de amor

Quando decidimos ter outro filho, mais do que em nós mesmos, pensamos no Davi.

Eu acredito que um irmão seja sinônimo de amor, alguém com quem se pode construir um grande elo e com quem aprendemos a compartilhar as primeiras experiências da vida, boas e ruins, mas que, por fim, constroem o nosso caráter e fazem parte de nossa história.

Eu tenho as melhores recordações da minha infância ao lado do meu irmão e, embora brigávamos, o que é completamente natural nessa relação, não me recordo da intensidade ou dos motivos das brigas, apenas me recordo de uma infância feliz com meu pequeno irmão sempre por perto.

Quero proporcionar ao Davi a possibilidade de construir um grande elo com o irmão dele e ao mesmo tempo retirar dele toda a pressão que a família deposita sobre ele.

A pouca diferença de idade é discutível, existem opiniões das mais variadas e respeito todas elas, mas eu penso que essa diferença poderá proporcionar mais união aos dois, pois poderão compartilhar de interesses semelhantes e quem sabe se tornarem grandes parceiros pra vida.

Sabemos que nem todos os irmãos constroem essa ponte, mas a nossa expectativa é essa, de que sejam grandes amigos, pretendemos criar ambos com muito amor e transmitir a eles nossos valores, o resto dependerá deles, pois o papel dos pais é esse, só podemos orientá-los e amá-los.

Nesse período de gestação me sinto um pouco ansiosa, apreensiva, mas ao mesmo tempo algo me diz que será uma experiência especial para todos nós.

Fico na expectativa de como o Davi reagirá na presença do irmão, quanto ciúme ele terá, se saberei dar a atenção que ambos merecem ter, porém acredito que sejam dúvidas comuns a todos os pais de segunda viagem.

Domingo passado realizamos uma festinha para o Davi comemorar o aniversário com os padrinhos e avós e, ao final da festa, reservei uma das lembrancinhas para ele, entreguei nas mãos dele e lhe disse que aquele pacote a mamãe tinha guardado para o Davi, mas para minha surpresa ele respondeu: "Para o Théo”, pegou o pacote e foi até o quarto do Théo para deixá-lo lá, assim como também fez com um par de tênis que não mais lhe servia.

Atitudes que partiram exclusivamente dele e que deixaram o meu coração cheio de esperanças, de que talvez ele encare a chegada do irmão de uma forma muito mais natural do que eu esteja imaginando.

Eu realmente não sei como será, mas meu coração se encheu de emoção diante daquela situação e percebi que aquilo era só a pontinha do Iceberg, ou seja, imagino que com a chegada do Théo vivenciaremos um turbilhão de emoções e com muita calma e carinho conduziremos nossos pequenos num caminho de união e afeto entre irmãos. E, ainda, que ocorram algumas encrencas entre eles, que o amor seja mais forte do que tudo, ao final.

E, como diria nosso querido John Lennon:


“Você pode dizer que eu sou um sonhador, mas eu não sou o único

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Davi, te amarei para sempre!


Hoje, 14/02/2017, o Davi completa dois anos de vida e eu não poderia deixar de compartilhar a minha gratidão e alegria por ter sido a mãe que ele escolheu.

Sim, acredito e inclusive compartilhei um vídeo ontem sobre a crença de que são os filhos que nos elegem, eles escolhem os pais que precisarão ter neste plano.

Eu sempre sonhei com a maternidade, esse projeto de vida sempre me acompanhou e quando me senti preparada pensei que logo aconteceria, no entanto, não foi tão rápido assim e nesse período de espera também vieram frustrações, ensinamentos e esperança.

Três gestações em três anos, todas frustradas, sem explicação aparente. Lembro-me como se fosse ontem o dia que decidi que colocaria nas mãos de Deus e simplesmente aguardaria, em oração pedi apenas um sinal de que algum dia eu seria contemplada com essa Dádiva!

Naquela mesma semana, adormeci e ouvi uma voz suave sussurrar, me dizendo que sim, ela viria e que seria minha filha, que se chamaria Julia. Acordei no mesmo instante surpreendida com o quão real aquilo me pareceu. No dia seguinte resolvi fazer um teste de gravidez e para minha surpresa, positivo!

Novamente me invadiu aquele misto de felicidade com incerteza! Incerteza se aquela gestação seria bem sucedida ou se mais uma vez passaríamos pela dor da perda. Na primeira consulta minha médica me alertou acerca da baixa taxa hormonal, o que podia significar uma gravidez que não evoluía bem ou uma gravidez extremamente recente.

Para a nossa felicidade a gravidez evoluiu e o nosso pequeno, na verdade grande Davi, chegou na madrugada do dia 14/02/2015 com 51 cm e 4,220kg.

Não era a Julia afinal, mas dizem que anjos não tem sexo.

Nesses dois anos nossas vidas mudaram completamente, nossa percepção de mundo se transformou de tal maneira que sem dúvida não só o Davi nasceu naquele dia, mas nós também nascemos novamente, pois a Monique e o Vítor não eram mais os mesmos de antes.

O Davi chegou para movimentar e dar um novo sentido para as nossas vidas, trouxe mais amor e fé para os nossos dias.

Escolhemos o nome “Davi”, que significa “querido, amado”, pois sabíamos que era exatamente isso que ele seria para nós.

O Davi me traz força, me faz querer ser alguém melhor, me faz levantar todos os dias com um grande objetivo, amá-lo.

Por isso, para parabenizá-lo e agradecer pela passagem do seu aniversário, acredito que essa frase exemplifica exatamente o que sinto sempre que olho para aquele sorriso grande e fácil com seus olhinhos brilhantes:

“E, ainda que não possamos prometer que estaremos com eles pelo resto de suas vidas, podemos dizer a eles que iremos amá-los pelo resto das nossas.

Davi, te amarei para sempre! 

sábado, 11 de fevereiro de 2017

Você não estará aqui para protegê-los sempre, mas pode prepará-los...


     “Não pode impedi-lo Stoico, apenas prepará-lo...não poderá protegê-lo sempre”

    Todas as noites, aqui em casa, assistimos um trecho de algum filme infantil com o Davi antes da hora de dormir e hoje assistindo pela provável vigésima vez o filme “Como treinar o seu Dragão”, o personagem Bocão aconselha Stoico sobre a necessidade de treinar o filho dele para enfrentar os dragões e a frase dele me fez pensar.

     O nosso amor por nossos filhos é tão imenso que muitas vezes pecamos em protegê-los em demasia, pois ingenuamente acreditamos que os protegendo de todos os males e frustrações, estaremos fazendo o melhor para eles, quando na verdade não estamos.

   Eu acredito que quando a proteção é exagerada criamos filhos inseguros e que dificilmente saberão caminhar com suas próprias pernas.

     Quando resolvemos os problemas por eles, sem deixar que pensem e que busquem a solução, deixamos de proporcionar a eles a capacidade de tornarem-se independentes e resolvidos.

     É um equívoco pensar que fazendo as coisas por eles, sem deixar que eles próprios tentem fazer ou resolver algo, estaremos poupando-os agora de sofrimentos, na verdade eles sofrerão muito mais depois, pois dificilmente saberão lidar com as frustrações da vida e não estaremos sempre aqui para ajudá-los.

     A missão dos pais, sem dúvida, é preparar os filhos para seguirem o seu próprio caminho no futuro, somos apenas um suporte, podemos orientá-los, auxiliá-los, mas não podemos viver por eles e com certeza as pequenas frustrações que encontrarão na infância farão deles adultos fortes, capazes de enfrentarem os percalços da vida.

      Deixar com que “quebrem um pouco a cabeça” para resolver e enfrentar as dificuldades do cotidiano significa amar seu filho incondicionalmente. Não é uma tarefa fácil para os pais, mas é o que podemos fazer para protegê-los de verdade, pois só assim criaremos adultos preparados, seguros e felizes.

       Talvez deixá-lo carregar a própria mochila já seja um começo.